quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Tanto faz, tanto fez!


     Boa noite, amigos!

    Como estão? E como vão as coisas?

    Alguns podem responder: tanto faz, sacudindo os ombros. Outros dirão tanto faz, quanto fez!


    Então, lá vem mais uma:

     Tanto faz, quanto fez!

     Essa frase varia de pessoa para pessoa, seja pelo momento, ou seja por ser uma fala corriqueira.

      Para mim um tanto quanto grande em sua digamos, quantidade.

     Quando falamos a palavra tanto, ela nos reporta a uma grande quantidade de algo ou de alguma coisa. Coisa essa que pode ser como o que pegamos, por exemplo: um saco de cimento, ou pode ser um sentimento, não o vemos, não pegamos, não tem estrutura visível, mas que pesa tanto quanto o saco de cimento.

     E vem logo à cabeça, que vale nos aprofundarmos no significado de cada palavra ou frase que ouvimos ou que saem de nossas bocas.

     Eu penso que:

   Se for tanto com significado de quantidade, é mais fácil de lidar. Você pega, você carrega, transporta para outro lugar, chama alguém, usa algo, como um carrinho de compras, etc.

    Se for tanto com significado de sentimento, aí é difícil o faz e o fez.

   Quem está passando por esse tanto sentimental, sendo invisível para os demais, mas presente na alma e no coração de quem o carrega, ele acaba tendo até mais peso do qualquer coisa material.

    E no mundo de hoje, essa frase está tendo um sentido cada vez mais corriqueiro, a tal ponto que os pesos e medidas estão sendo considerados como naturais.

    A maioria de nós cita outras frases para complementar o “tanto faz, quanto o tanto fez”, acompanhado de um sacudir os ombros dizendo: “se não é comigo...”, "nunca pensei que isso pudesse acontecer” ou ...





    A grande questão está no quanto o faz e o fez atingem uma pessoa. 

   Imagino que podemos ser mais solidários, mais atenciosos com o que acontece à nossa volta, porque as coisas acontecem com qualquer um, indiferente de classe social, crédulo religioso, etnia, cor, sexo, etc.

   Parece que o mecanismo das máquinas que só agem ante uma programação, não pensam, estão entrando no mercado "humano", onde cada um age por si só, visando o eu, e pensando: tanto faz, quanto fez para ou outros.

   O tanto faz, quanto o tanto fez está impregnado na sociedade de tal modo que:

   Não vemos mais cortesia para ceder lugar para alguém assentar no banco do ônibus, na fila de bancos, na vaga dos estacionamentos, num pneu furado na rodovia, num com licença, num por favor, num muito obrigado(a), etc.

  É o tanto faz, quanto fez (peso e sentimento), sendo mais um caso que precisa ser revisado. 


 Que repensemos o faz e o fez para que eles possam ser tanto em solidariedade quanto em amor.


 Até mais pessoal!

Ass.: Dona Rita!