sábado, 16 de novembro de 2019

Digitabilidade


     Boa tarde, Sr(s) e Sr(as)!

     Eu estou chegando depois de um longo espaço de tempo sem escrever.

    Penso que é porque está tudo tão rápido que meus dedos não conseguem digitar meus pensamentos em tempo real.

    Para eu criar um texto é preciso que:

   Meu cérebro reúna os pensamentos, as palavras, as ideias e por último transforme esse pacote em uma frase simples, composta ou oração que pode ser afirmativa ou negativa, interrogativa ou exclamativa. No singular ou no plural. No grau normal onde o substantivo pode se transformar em aumentativo ou diminutivo e assim enquanto viajo no mundo da gramática para compor uma frase, o chamado grosseiramente de “pai dos burros”, o dicionário, cobra as novas normas e me dá o verdadeiro significado de cada palavra, para que a frase ou oração tenha ou faça sentido para se transformar mais adiante em um texto.

  A chuva de material eletroeletrônico, virtual conectado em rede, propõe uma dinâmica de comunicação rápida e rasteira com abreviaturas, com símbolos, sons... e daí me perco na extensão do pensamento.

  O texto criado hoje em dia não pode ser grande, o que não me deixa mentir é o “novo currículo”, que no meu tempo, era de pelo menos três páginas e que atualmente “caiu” para uma página.

  Tenho que criar uma maneira de expor minhas ideias em grau diminutivo passando a ser um texto pequenininho, mas que tenha começo, meio e fim. Seja coeso e coerente. Confesso que muitas vezes esse minimalismo não dá pra mim.



    É claro que com o advento da internet bastante coisa melhorou e evoluiu em alguns aspectos em relação à máquina de escrever, quando o computador, o whatsapp no celular realizam as correções, pois nos tempos da máquina de escrever, o erro se estendia pelo chão, pois para cada palavra errada era necessário outro papel... Ocorria um erro por descuido ou distração,  uma palavra era datilografada (esse era o termo da época) errada e já se arrancava a folha, amassava-a nas mãos  e a atirávamos para cair no cesto de lixo. O texto mal havia começado ou estava prestes a ser encerrado, quando simplesmente pelo erro, ele subitamente terminava pelo espaço de onde estávamos na datilografia.



   Quem tem um bichano (gato) sabe da farra que essa bela espécie animal fazia e faz quando vê papel rolando pelo chão, pena que a máquina se aposentou e com ela os gatos sossegaram o facho e, hoje, nós os vimos pelas telas de proteção nas janelas das casas ou dos apês, ronronando ou cochilando sem entender porque esse brinquedo desapareceu, saiu de cena. Se bem que alguns preferem o cochilo sobre os teclados atuais do que o espírito de caça aos papéis que eram arremessados...rs 




   Com isso meus amigos a beleza de se ler um bom livro, um texto, uma poesia está esvaindo como nuvem no mundo real.






  O tempo não aumentou, nem tão pouco as horas diminuíram. As vinte e quatro horas que aí estão não comportam as imensas quantidades de informações a que uma pessoa fica exposta nesse mundo contemporâneo.



    Então, escrever está sendo um desafio, pois tenta em vão preservar seu espaço concorrendo com os atuais meios de comunicação em que o celular, que é um pequeno aparelho, é seu forte concorrente, principalmente entre os mais jovens que o utilizam durante o dia todo estando junto de alguém ou sozinhos.




   Daí, cheguei à seguinte conclusão: os meios de comunicação transitam (mudam de lugar, de estado e de condição acompanhando o que aparece dentro da evolução que ocorre no mundo).

  Então, compete a minha pessoa avançar através das novas tecnologias, assim como ocorre com a linguagem e me adequar (ou), mas ainda preservando o valor da escrita seja nas modalidades pequeno, médio ou grandes textos, se necessário forem aos temas que criarem.

 Por esse motivo, enquanto penso, dou uma pausa.


  Um fim de semana feliz para todos!

  Ass.: Dona Rita!