terça-feira, 28 de março de 2023

 

                                       Gula! Será pecado, exagero ou doença?

                                       Boa tarde, amigos! Quanto tempo hein?

     Sempre dou umas desaparecidas e depois apareço aqui tricotando do nada!

    E trazendo uma possível "descoberta" de algo que sempre me incomodou.

    E essa descoberta surgiu com a visita de um parente.

       Vou começar dizendo que não sou filósofa, nem tenho teorias, não sou cientista, não sou expert no que diz respeito ao tema da minha descoberta, sou leiga no que se refere a medicina, não sou nutricionista, não sou psicóloga, mas, vejo que mexe com emocional das pessoas.

      Na maioria das vezes ouvi dizer que compulsão alimentar, vício quase sempre foi associado a tristeza, a perdas, um descontrole exagerado ou dificuldade em dizer não a uma alimentação, drogas,  bebidas ou situação específica. Com a visita desse parente tive outra visão dessa compulsão. No meu caso e de muitos outros compulsivos talvez esse termo compulsão alimentar e a palavra vício estão também ligadas a outra palavra chamada: " FESTA", o que me fez escrever esse texto.

    Para os compulsivos alimentares, grupo do qual reconheço que faço parte, os doces e salgadinhos sempre estarão presentes nas comemorações que criamos além das convencionais (aniversário, natal, ano novo). Entenderam?  

    E o que esta descoberta tem a ver com esse parente? Tem a ver com a alegria de recebê-lo e isso me levou a vontade de fazer coisas gostosas para agradá-lo e para aproveitar esse momento. Então, para o compulsivo alimentar esse momento de alegria é ideal para fazer um excesso de comida.

Acompanhe meu raciocínio:

    Fui pra cozinha ao sabor do quê mesmo? Da alegria que é = a festa. E a festa é = a comida. Veja: quando o ano se inicia, ao olharmos para o calendário o que nós visualizamos no primeiro momento? Feriados, datas comemorativas e olhamos também as datas de aniversários e ficamos nisso.

    Porém, para o compulsivo alegre, bastou um parente falar que viria para eu bolar um cardápio .E para  não me sentir culpada pelo capricho no cardápio e para não levantar suspeita nos demais à nossa volta, a nossa fala é: tem tanto tempo que não vinha ninguém que vou caprichar e isso vira uma festa. E o que tem nesse cardápio? Tudo o que nós gostamos e que sabemos que já fizemos nas datas festivas do calendário, ou seja, a compulsão alimentar em grande parte dos que sofrem e padecem desse mal é poder fazer o nosso gosto, não o gosto dos outros que as vezes estão numa dieta, não estão preocupados com o que vão comer, querem apenas nos ver, fazer uma visita, compartilhar um momento.




Então, hoje, percebo que existem os dois lados da moeda: o compulsivo alimentar, que se alimenta exageradamente por estar triste, decepcionado, frustrado, ansioso, deprimido, enfim, cansado até de comer, porém, o faz até sem intenção, apenas pela compulsão.

E o outro lado dessa moeda, que é o compulsivo alimentar exageradamente alegre, que com o pensamento de ser um anfitrião zelando pelo bem estar e querendo agradar a todos, bonachão, toma à frente desse excesso com um largo sorriso no rosto. Tudo é  festa, alegria, comida! Então faz brindes, tudo é comemoração!

Ambas as compulsões trazem malefícios que nos dominam em estados psicológicos.

E foi assim que eu descobrir esse outro lado:    Festa = Alegria + Comilança

                                                                                 Efeitos colaterais

    Esta "conclusão a qual cheguei" me assusta, porque tristeza e alegria tem significados diferentes, mas no caso da compulsão as duas palavras tem igualmente efeitos colaterais muito sérios para a saúde.


Obs.: Se vocês gostaram do texto, acharam que tem sentido no que "descobri", por favor, compartilhem com alguém que já passou ou está vivendo essa situação e que se identificam comigo. Precisamos festejar e ter alegria! Faz parte da vida! Porém, sem entrar em nenhum exagero disfarçado com a desculpa de apenas comemorar mais uma ocasião.


Até mais! 

Ass.: Dona Rita