segunda-feira, 30 de julho de 2018

São tantos outros e tantas outras...


       A vida é bela!

       Meus amigos, boa tarde!

       Finzinho do mês de julho: recesso para alguns, férias para outros, trabalho para muitos.

       Enfim, a vida continua e nós compactuamos com ela de todas as maneiras.

      Mas, uma coisa é certa: nada é perfeito! Na vida também não é, pois como seres humanos somos sempre passíveis de erros quando: pensamos, falamos, agimos e até quando escrevemos.

     E outro dia, pensando um pouco aqui, percebi que para as palavras: vida, amor e destino, existe um pronome no masculino ou no feminino que serve para classificá-las ou reclassificá-las.

     Vejam isso:

Existe outro e outra? Indefinido, mas existe!

Outro tempo, outra hora.
Outro emprego, outra oportunidade.
Outro amigo, outra amiga.
Outro caminho, outra estrada.
Outro colega, outra colega.
Outro papo, outra conversa.
Outro namorado, outra namorada.
Outro ladrão, outra ladra.
Outro cão, outra cadela.
Outro homem, outra mulher.
São tantos outros e outras nessa vida!
Porém, como nada nesse mundo é perfeito...

Veremos que:

   Para a palavra vida, “outras” oportunidades fazem sentido!

        Para a palavra amor, “outros” relacionamentos podem surgir!

Para a palavra destino, “outros” desafios podem ajudar!

                                                      Rita 


     Os outros e outras são para demonstrar como existem chances o tempo todo, de maneira que nos sintamos bem com as posições que ocupamos hoje, mas que sempre possamos descobrir e viver outras variáveis em qualquer área ou momentos das nossas vidas.

     Um bom outro começo de semana à todos!    

     Até mais!

    Ass.: Dona Rita!


quinta-feira, 12 de julho de 2018

Craques da Copa & Craques da Educação


Olá amigos! Boa noite!


        Dedicado aos craques da Educação!




      Nós da educação, ou seja, docentes (conhecidos como professores), deveríamos ganhar no mínimo um terço do salário dos jogadores, principalmente dos craques que foram levados para disputarem a Copa do Mundo, por serem considerados os melhores em seus países ou nos grandes clubes que atuam.

        Ao contrário de nós docentes que quanto mais adquirimos conhecimentos que são pagos em sua maioria com nosso “parco salário”, ele ainda tem que “render” para o sustento dos nossos lares. Nós não temos o reconhecimento nem na esfera profissional muito menos na financeira.

        Enquanto esses profissionais do futebol têm técnico, têm uma equipe de suporte para treinarem, academia, alimentação, viagens de 1ª classe, hospedagem em hotéis  cinco estrelas e translado para os locais dos jogos, nós educadores temos apenas giz, quadro negro e um livro didático para seguir e, em alguns lugares, isso pode até ser privilégio de algumas escolas.

     Não temos planos de saúde, fundo de garantia por tempo de serviço, não temos direitos a orientadores educacionais para nos dar suporte, psicólogos e contamos com poucos pedagogos.

       Os craques podem ter apoio psicológico e afetivo dos familiares e nós da educação e, talvez, a maioria das profissões, já sabemos e nos acostumamos com a afirmação de que não se pode misturar vida pessoal com vida profissional.

       Os craques têm noventa minutos para disputarem uma partida, que pode terminar em zero a zero, empate, prorrogação ou disputa por pênalti, isso de quatro em quatro anos, pois estou me referindo à Copa, mas essa é a praxe no futebol.

     Nós, ao contrário temos que ser eficientes todos os dias, por vinte cinco anos e numa sala que varia de trinta a quarenta e cinco alunos, onde temos que fazer todos vencerem, e se por infelicidade ficar algum aluno retido, aí sim aparece uma pequena equipe questionando o porquê desse fato.




       Enquanto os ditos melhores do mundo quando perdem nos jogos culpam: o árbitro, o mal tempo, baixa ou alta temperatura, jogar dias seguidos ou terem treinamentos diários, ninguém sabe ou leva em consideração que lidamos com alunos sem estrutura familiar, com déficit de atenção, os tímidos, os com baixa autoestima, os com dificuldade cognitiva, com problemas de saúde e até com os que vão para as escolas em busca de alimentação.

       A inversão dos valores é tamanha, pois ao longo dos anos nós professores temos que ser amigos, psicólogos, enfermeiros, advogados, conselheiros, pais, e ainda sabemos que temos a obrigação de entregar no final do ano 100% de aproveitamento de aprendizagem pelos alunos, pois até para aquele aluno que ficou retido, nós temos que ter “estratégias” que revertam a situação a tal ponto que ele irá seguir junto ao grupo que foi aprovado.




        Que todos recebam seus salários, isso é direito de todos aqueles que trabalham! Os jogadores são trabalhadores do futebol, para a grande maioria quase deuses, perante nós reles mortais.

      Como educadora também gosto de futebol e de outros esportes, só não entendo porque não podemos ser tratados com a proporcional valorização financeira, como craques em nosso difícil, mas honroso trabalho de educar.

      Sempre estive presente em paralisações, melhor dizendo, nas greves e movimentos sobre os direitos dos trabalhadores em educação com o pensamento de que somos craques em nossa área e como tais, merecíamos mais valorização pelo belo esforço e desempenho em nosso dia a dia.

         Ao final da Copa os craques da bola saem mais disputados (valorizados) mesmo perdendo, pois os dirigentes dos clubes os veem como um atleta que desempenha bem seu papel e, portanto, farão e trarão glórias para seu time, por isso valorizam tanto seus contratos e salários.

       Já conosco acontece o contrário: os nossos “dirigentes” municipais, estaduais e federais não estão nem aí,  não negociam, não reconhecem nosso desempenho e dizem claramente que ser educador é uma missão. Ou seja:

    Passar a bola (transmitir aprendizagem), driblar as dificuldades (falta de estrutura, conflitos psicológicos e cognitivos dos alunos), correr (indo atrás de cada aluno) e fazer o gol (aprovar os alunos).

      Ouvi e vivi essa situação durante 25 anos de atuação na profissão. Hoje, aposentada,  vejo que meus colegas na ativa continuam com baixos salários e, para piorar, em muitos casos com salários atrasados ou que estão sendo pagos em prestações. Situação lamentável!




       Se todos consideram o Brasil o país do futebol, que seja também o país da educação, com respeito e valorização daqueles que geram conhecimento para todas as áreas profissionais que existem.

         Diz o ditado popular que: “atrás de um grande homem sempre existe uma grande mulher” e eu acrescento que: “atrás desse homem e dessa mulher sempre existiu um grande educador”!

         Pena que nem todos reconhecem.


Até mais!

Ass.: Dona Rita.