Olá amigos! Boa noite!
Dedicado aos craques da Educação!
Nós da educação, ou seja,
docentes (conhecidos como professores), deveríamos ganhar no mínimo um
terço do salário dos jogadores, principalmente dos craques que foram levados
para disputarem a Copa do Mundo, por serem considerados os melhores em seus países
ou nos grandes clubes que atuam.
Ao contrário de nós docentes que
quanto mais adquirimos conhecimentos que são pagos em sua maioria com nosso
“parco salário”, ele ainda tem que “render” para o sustento dos nossos lares.
Nós não temos o reconhecimento nem na esfera profissional muito menos na
financeira.
Enquanto esses profissionais do
futebol têm técnico, têm uma equipe de suporte para treinarem, academia,
alimentação, viagens de 1ª classe, hospedagem em hotéis cinco
estrelas e translado para os locais dos jogos, nós educadores temos apenas
giz, quadro negro e um livro didático para seguir e, em alguns lugares, isso
pode até ser privilégio de algumas escolas.
Não temos planos de saúde, fundo de
garantia por tempo de serviço, não temos direitos a orientadores educacionais
para nos dar suporte, psicólogos e contamos com poucos pedagogos.
Os craques podem ter apoio psicológico
e afetivo dos familiares e nós da educação e, talvez, a maioria das profissões,
já sabemos e nos acostumamos com a afirmação de que não se pode misturar vida
pessoal com vida profissional.
Os craques têm noventa minutos para
disputarem uma partida, que pode terminar em zero a zero, empate, prorrogação
ou disputa por pênalti, isso de quatro em quatro anos, pois estou me referindo
à Copa, mas essa é a praxe no futebol.
Nós, ao contrário temos que ser
eficientes todos os dias, por vinte cinco anos e numa sala que varia de trinta
a quarenta e cinco alunos, onde temos que fazer todos vencerem, e se por
infelicidade ficar algum aluno retido, aí sim aparece uma pequena equipe
questionando o porquê desse fato.
Enquanto os ditos melhores do mundo
quando perdem nos jogos culpam: o árbitro, o mal tempo, baixa ou alta temperatura,
jogar dias seguidos ou terem treinamentos diários, ninguém sabe ou leva em
consideração que lidamos com alunos sem estrutura familiar, com déficit de
atenção, os tímidos, os com baixa autoestima, os com dificuldade cognitiva, com
problemas de saúde e até com os que vão para as escolas em busca de
alimentação.
A inversão dos valores é tamanha, pois ao longo dos anos nós professores temos que ser amigos, psicólogos, enfermeiros, advogados, conselheiros, pais, e ainda sabemos que temos a obrigação de entregar no final do ano 100% de aproveitamento de aprendizagem pelos alunos, pois até para aquele aluno que ficou retido, nós temos que ter “estratégias” que revertam a situação a tal ponto que ele irá seguir junto ao grupo que foi aprovado.
Que todos recebam seus salários, isso
é direito de todos aqueles que trabalham! Os jogadores são trabalhadores do
futebol, para a grande maioria quase deuses, perante nós reles mortais.
Como educadora também gosto de futebol
e de outros esportes, só não entendo porque não podemos ser tratados com a
proporcional valorização financeira, como craques em nosso difícil, mas honroso
trabalho de educar.
Sempre estive presente em
paralisações, melhor dizendo, nas greves e movimentos sobre os direitos
dos trabalhadores em educação com o pensamento de que somos craques em nossa
área e como tais, merecíamos mais valorização pelo belo esforço e desempenho em
nosso dia a dia.
Ao final da Copa os craques da bola
saem mais disputados (valorizados) mesmo perdendo, pois os dirigentes dos
clubes os veem como um atleta que desempenha bem seu papel e, portanto, farão e
trarão glórias para seu time, por isso valorizam tanto seus contratos e
salários.
Já conosco acontece o contrário: os
nossos “dirigentes” municipais, estaduais e federais não estão nem
aí, não negociam, não reconhecem nosso desempenho e dizem claramente
que ser educador é uma missão. Ou seja:
Passar a bola (transmitir
aprendizagem), driblar as dificuldades (falta de estrutura, conflitos
psicológicos e cognitivos dos alunos), correr (indo atrás de cada aluno) e
fazer o gol (aprovar os alunos).
Ouvi e vivi essa situação durante 25
anos de atuação na profissão. Hoje, aposentada, vejo que meus
colegas na ativa continuam com baixos salários e, para piorar, em muitos casos
com salários atrasados ou que estão sendo pagos em prestações. Situação
lamentável!
Se todos consideram o Brasil o país do
futebol, que seja também o país da educação, com respeito e valorização
daqueles que geram conhecimento para todas as áreas profissionais que existem.
Diz o ditado popular que: “atrás de um
grande homem sempre existe uma grande mulher” e eu acrescento que: “atrás desse
homem e dessa mulher sempre existiu um grande educador”!
Pena que nem todos reconhecem.
Até mais!
Ass.: Dona Rita.
Triste realidade!
ResponderExcluirVocê Adriana, disse a mais pura verdade. Os professores, nossos colegas de profissão estão vivenciando dois momentos: precisam ser craques(bons profissionais) em sala e terem que esperar o dia de receber seus honorários em atraso.
ExcluirObrigada por arrumar um tempinho para ler o texto.
Rita!