Receber um
convite!
Bom demais
sô! Isso é o mineiro ou a mineira festejando!
Sendo também mineira, então me incluo nessa
fala também.
Brincadeiras
à parte, qualquer pessoa fica feliz e muita das vezes até lisonjeada
quando recebe um convite e agradece por
ter sido escolhida ou por ter sido lembrada.
Passada a euforia,
e se for uma mulher quem recebeu o convite, começa a segunda etapa, ou seja,
com que roupa eu vou?
O conflito
tende a aumentar quando nós abrimos o guarda-roupa e nos deparamos com o
espelho refletindo um rosto espantado e cheio de exclamações, ou melhor dizendo,
reclamações:
"Esse vestido
eu usei no batizado do sobrinho!"
"Esse daqui
usei no aniversário de uma amiga!"
"Esse outro
usei na confraternização do trabalho!"
"Esse aqui
fui pra balada!"
"Esse nem
adianta, pois não cabe em mim! E não dá tempo para reduzir as medidas para
caber nele."
"Esse aqui
nem pensar pois metade da cidade estava nessa festa e me viram com esse vestido!"
"Deus meu!
Não tenho roupa pra ir!" (essa resposta está sempre na ponta da nossa língua).
E desanimada
também tem essa outra resposta:
"Não tenho roupa pra ir! Muito menos grana para gastar."
Do
recebimento do convite até chegar ao quarto e abrir as portas do guarda-roupa,
oh dilema, parece uma eternidade.
E vem uma
avalanche de perguntas:
"E se no dia chover?
Ou esfriar? Uso salto alto? Botas? Sandálias ou rasteirinhas? E a maquiagem? E
as unhas e o cabelo, eu mesma faço pra economizar ou é melhor ir ao salão de
beleza?"
É tanta
confusão que fazemos que as pessoas ao nosso redor tem um só pensamento:
"Se está tão
difícil para se arrumar, melhor recusar o convite."
.
Nosso sexto
sentido é tão aguçado que ninguém abriu a boca, ninguém falou nada, apenas
pensou e nós já vamos falando: "não perco esse convite por nada".
Nosso
furdunço se suaviza quando lembramos que temos uns dias a nosso favor e então
declamamos como se fosse um verso de uma poesia: "Até lá eu
dou um jeito!"
E chega o
tão esperado dia!
Todos os membros da família estão sentados no
sofá da sala de estar e para variar assistindo a TV e ecoam um som de espanto
pelos quatro cantos da casa ao avistarem a convidada pronta para sair,
se justificando:
"Já sei o que
estão pensando!"
"Sabem o que decidi fazer? Me lembrei do bom e
velho truque usando aquele vestido considerado "o salvador da pátria", meu pretinho básico!"
E sai porta
afora como se nada tivesse acontecido, para alívio e sossego dos
moradores da casa, depois de terem passado um perrengue nesses últimos dias.
Esse é o nosso dia a dia: Conflitos gerados. Ufa! No final das contas conflitos solucionados! Coisas de mulher!
Até mais!
Ass.: Dona Rita!
Nenhum comentário:
Postar um comentário