quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Belo Tricô!


Olá!!

Continuo mais um trecho sobre a nossa história familiar.

Hoje vou contar para vocês a data em que meu marido se acidentou. O fato ocorrido foi no dia 24 de dezembro de 1995.
Nessa época estávamos reformando nossa casa e ela se encontrava com poucos cômodos para  agrupar as mobílias e nossas camas...
Como eu e as crianças estávamos de férias e meu marido estava de folga para o natal, fomos para nossa cidade natal para celebrar a data na casa de familiares. 
No dia do natal, durante à tarde, eu estava num salão próximo à casa das minhas irmãs fazendo as unhas quando fui avisada de uma "surpresa". A surpresa em questão era a notícia do acidente com meu esposo.Ele havia sido atropelado. A situação do meu marido era tão grave que saí imediatamente do salão em que eu estava para uma ambulância com destino a Belo Horizonte...
O estado dele era gravíssimo e pela quantidade de lesões sofridas não dava para fazer previsões. Os médicos que o atenderam diziam que não saberiam como seria a recuperação e as possíveis sequelas advindas do acidente. 
Em meio ao choque da situação, mal me dei conta do horário e só não passei o Natal junto ao meu marido no hospital pois um sobrinho que morava na cidade veio me buscar. Passei o natal desnorteada, sem meus filhos e marido. Não houve comemorações.
 Desse dia em diante, o quadro de saúde do meu marido tornou-se uma grande incógnita e a recomendação dos médicos era a de que eu voltasse para casa com as crianças, porque pelo menos elas estariam em casa, pois o pai deles estava em coma. Essa situação viria a estender-se por quase 2 meses. 
Passei o réveillon junto à minha família e retornamos para nossa casa nos primeiros dias de janeiro. 
Os primeiros seis meses de 1996 foram marcados pelas idas constantes à BH para visitar meu marido no leito da UTI. Com o passar do tempo, o quadro de saúde dele foi se restabelecendo até obter a alta hospitalar. Apesar da alta hospitalar, a situação do meu marido demandava extrema cautela e por esse motivo, ele ainda permaneceu em BH por conta de tratamentos médicos, mas agora estava na casa de um irmão. 
Por volta de agosto, os médicos liberaram meu marido para que continuasse o tratamento na cidade em que residíamos. Com seu retorno para nossa casa, esse tratamento foi monitorado pelos médicos da empresa em que ele trabalhava por uns 2 anos e meio, até que lhe concedessem a aposentadoria por invalidez. Esse período não foi nada fácil para nenhum de nós, pois as sequelas do meu marido foram aparecendo e apesar disso,  precisávamos continuar nossas vidas.
Em menos de um ano nossas vidas sofreram uma reviravolta tremenda, mas ainda precisávamos ser fortes e unidos para seguir adiante. O ano conturbado já estava acabando e o natal de 1996 se aproximava. Fui forte para montar a árvore de natal com meus filhos e fazer uma singela comemoração. Eu não podia deixar essa data ficar marcada em nossas vidas pela tristeza. Graças a Deus continuamos a fazer uma pequena comemoração todos os anos, pois esta data, a meu ver,  serve para agradecer e pedir proteção às famílias.

E... por hoje é só... em breve retomo a história.

Até mais!

Ass: Dona Rita. 



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