Boa noite,
gente!
Vou contar
para vocês uma história que aconteceu comigo duas vezes em menos de quinze
dias.
Isso demonstra
como funcionam os órgãos públicos no nosso país, principalmente por pagarmos altos
impostos e por ter como atendimento “altas” falhas na prestação de serviços.
O fato é o
seguinte:
Em frente à
minha casa tem um poste com um transformador de energia. Esse poste foi
escolhido alguns meses atrás por um casal de bem- te -vis para servir como o
local do seu ninho.
Ocorre que
os pássaros preocupados com a segurança do seu ninho e de seus filhotes foram
reforçando cada vez mais e mais sua casa, até chegar ao ponto em que o
transformador mais parecia uma “morada” ao invés de um distribuidor de energia.
Infelizmente
com as chuvas a tragédia já estava anunciada... Com o excesso de galhos no
poste e o contato com a água ocorreu um curto, várias pequenas explosões seguidas
de um princípio de incêndio. Acabou-se então a paz dos pássaros e a luz da
minha residência.
E aqui começam
os problemas...
Preocupada
com a situação resolvi ligar para a companhia de energia. Então peguei o
telefone no escuro, sem enxergar um palmo à minha frente, por volta das vinte e
três horas. Disquei o número de
emergência da empresa de energia, o que para mim significa imediatamente.
Mas, atendimento
imediato foi respondido assim, "esta é uma ligação:"
"Tecle 1 - para falta de energia na residência;
2 - para isso, 3 - para aquilo, 4 - para além daquilo, 5 - para o SAMU, 6 -
para bombeiros, 7 - evite pegar nos cabos, 8 - se tem fogo e 9 – outros serviços."
Aí, você
fica ouvindo uma musiquinha de fundo, que de vez em quando é interrompida para
você escutar o seguinte: “no momento não podemos atender, aguarde”. “No momento
estamos sobrecarregados, tente mais tarde.”
Depois disso
tudo, caso você não tenha dormido na linha ou desistido, talvez você seja
atendida e então escuta: “Senhora! Nossa conversa está sendo gravada e o
registro é número...” e fala um monte de números.
Enquanto
isso, eu subia e descia as escadas com o telefone nas mãos, olhava para o
poste, a casa às escuras e eles pedindo o número do meu registro na fornecedora
de energia ou meu CPF. Eu dizia do ninho que existe no poste e tentava explicar
para o meu esposo acamado que não desliga a TV por nada no mundo o porquê da
falta de luz e apesar da casa toda estar no breu, não adianta explicar que ele
não entende que eu estava tentando resolver o problema e ao mesmo tempo alertava
a atendente que o transformador estava em chamas.
Isto
arrastou noite à dentro e só por volta das onze da manhã é que apareceram. Tudo
teve que ser desligado para evitar que queimasse, pois a luz dava sinais e
apagava. E sabendo que para você provar que seus aparelhos ficaram danificados,
a burocracia é tamanha que se ganhar a causa talvez receba as indenizações
somente na segunda geração familiar.
Essa história
se repetiu duas vezes, e nas duas oportunidades o atendimento só aconteceu no
outro dia com mais de onze horas após as notificações.
A empresa de
energia afirmou que não poderia tirar o ninho por completo desde a primeira vez
que foram acionados por causa de outro órgão o IBAMA que fiscaliza o meio
ambiente e não permite a retida dos animais. No nosso caso, os pássaros. Mas
também não comunicam o fato, ou seja, um não fica sabendo do outro.
Resultado
dessas duas chamadas: as labaredas queimaram totalmente o ninho com os filhotes.
Conclusão:
Os órgãos públicos
ou aqueles que prestam serviço para eles notificam imediatamente se você cidadão
atrasa o pagamento da sua conta em “um dia”. Mas para prestarem serviços de
emergência até que existe sim um plantão, só que gravado, ou seja, quando puder
lhe atendem e como nunca podem porque estão sobrecarregados... ficamos no mato
sem cachorro, ou seja, à mercê dessas instituições onde a qualidade e prestação
de serviços deixam a desejar sempre.
Vamos nos despedindo hoje, desejando a todos muita luz, paz e amor no seu fim de semana.
Até segunda!
Ass.: Dona Rita!
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