Bom dia, gente!
Mais uma quarta-feira do nosso projeto “Eu
Escrevo – Você Escreve” e feliz por saber que muitos estão acompanhando as
postagens dos nossos colaboradores.
.
O convite continua de pé para quem deseja
participar conosco no projeto, porque a nossa intenção real é manter um convívio diário com
relatos do nosso dia a dia pessoal, profissional ou pelos hobbies que também
nos encantam.
E hoje, teremos a Márcia que demonstra que
somos fortes no pensar, desejar, querer e agir para concretizar nossos desejos.
E ela o faz através dos livros que
escreveu, são muitos e que já foram editados. É a concretização dos seus
ideais.
BIOGRAFIA DE
MÁRCIA PASCHOALLIN
Diz a lenda que,
quando nasce um bebê, vem um anjo e sopra no ouvido da mãe o nome da criança.
No meu caso, os anjos tiveram que correr, ou melhor, voar em meu favor antes do
meu nascimento. Quando minha mãe estava grávida de seis meses, precisou ser
hospitalizada, às pressas, por causa de um apêndice supurado. Teria sido um
procedimento normal, se não fosse o fato da maca se quebrar a caminho do
quarto, após a cirurgia. Foi outro corre-corre, assim na terra, como no céu. E
eu... tranquila, acreditando em um final feliz.
“Esta foi por
pouco!”, disseram médicos e anjos.
Algum tempo depois,
outro susto. Minha mãe desceu uma escada molhada pela chuva, com minha irmã no
colo. Não deu outra: puft! De novo, lá se foram as três para o chão. Ufa! Nada
grave!
Enfim, nasci no dia
06 de fevereiro de 1963, na Maternidade Terezinha de Jesus, em Juiz de Fora,
Minas Gerais. Desta vez a maca não quebrou. Cheguei ao mundo com saúde e quase
cinco quilos.
Meu avô paterno, João
Paschoalin, assim que me viu, disse convicto:
“Uma italiana
perfeita! Seu nome será Andréa”.
Foi quando o anjo
soprou: mãe, seu nome será Márcia, uma homenagem ao tio Márcio.
Comentaram na família
que vovô ficou emburrado uns tempos, mas nada que a fofura de um bebê não o
fizesse “soltar o burrinho!”
Minha infância foi
feliz e recheada de brincadeiras, livros de histórias, discos de vinil
coloridos, ouvidos em uma vitrola portátil. Minha irmã e eu decorávamos os
diálogos para depois fazermos teatro para os nossos pais, primos e amigos.
Cresci sem dar muito
trabalho aos anjos, mas à minha mãe, pois eu queria fazer teatro. Ela dizia:
“Teatro é coisa de
hippie! Nem pensar!”
Ao concluir o ensino
médio, cursei Letras no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Depois da
formatura, percebi que havia algo de errado no enredo da minha história, pois
eu não queria ser professora. Guardei o diploma na gaveta. Busquei outros
cursos: Ciências Contábeis, Artes Industriais, Prótese Dentária. Mas não era o
que eu queria.
Casei-me e fui morar
em Carandaí, uma pequena e aconchegante cidade de Minas Gerais.
A busca pela realização
continuava. Dei aulas particulares, abri uma farmácia homeopática, uma
lanchonete, um restaurante... até que veio a boa notícia. Eu estava grávida, de
gêmeos!
Nove meses depois, o
anjo sussurrou ao meu ouvido: Ana Letícia e João Vítor! Foram dias felizes entre
fraldas e mamadeiras. Até que a Ana Letícia adoeceu. Após o tratamento, veio a
recomendação médica para colocá-la na escola. Ela era um bebê e levava na
mochila fralda, chupeta, mamadeira. Todos os dias era a mesma coisa. Eu saía da
escola chorando, enquanto ela ficava rindo e dando “tchauzinho” para mim. Minha história começou a mudar. Para ficar
mais perto da minha filha, passei a trabalhar na escola como voluntária, contando
histórias, fazendo teatro de fantoches, fantasiando ora de fada, ora de bruxa,
ou de bonequinha. Passei a me interessar por autores de Literatura Infantil e adquirir muitos livros. O mergulho no universo
infantil despertou em mim a vontade de escrever as minhas próprias histórias. Em
uma pesquisa sobre o folclore da cidade, descobri a “Mãe do Ouro”. Ouvi vários
“causos”, misturei tudo e escrevi “O segredo da luz”.
Em Juiz de Fora, um
dia, ao entrar em uma livraria, procurei informação sobre o processo de edição de
um livro. Por coincidência, o livreiro havia criado uma editora. O original,
que estava na bolsa, foi deixado para análise. Dias depois, recebi uma ligação
do editor me dizendo que o meu livro seria editado.
Ainda assim, eu
achava que ter escrito e editado um livro era apenas sorte de principiante. Que
nada! Os personagens começaram a entrar e a sair da minha cabeça sem pedir
licença. Tudo para mim “virava” história. A partir de então, nunca mais parei
de escrever. Descobri o que eu sempre quis ser: escritora! Os anjos disseram
amém!
Atualmente, tenho
vinte títulos publicados. São eles: O segredo da luz (Franco Editora),
Bicho-papão (Franco Editora), O casarão mal-assombrado da costureira Umbelinda
e de suas filhas Umanaída e Umnavinda (Franco Editora), Era outra vez (Franco
Editora), Maria Pano (Franco Editora), O casório de Jô Aninha (Franco Editora),
Socorro! Tem uma bruxa na minha janela! (Salesiana), Bruxas da paz (Edição do
autor), Postes da paz (Edição do autor), O mistério do profeta (Edição do
autor), Ouro Preto: 300 anos de fantasmas... É fogo! (Edição do autor), Banho,
não! (Edição do autor), Maria da Fé (Edição do autor), Uma gracinha de história
(Edição do autor. Este título narra a história da Escrava Gracinha que viveu na
região de Ressaquinha, hoje comunidade quilombola de Santo Antônio do Morro
Grande), O viajante do pijama roxo de bolinhas amarelas (Edição da prefeitura
municipal de Carandaí), Bela Isabel, Isabelinha (Edição do autor), Uma história
mais ou menos parecida (Catarse), Simplesmente... o homem que eu sou
(biografia) , O Toreuta (Edição Funpec-RP) e Uma história compriiiiiiiiida (adotado
pelo Colégio dos Jesuítas).
Aos
anjos, minha gratidão!
Márcia
Paschoallin
´
Convite especial!!
Você conhece o meu canal no youtube?
Gostaram gente?
Ao ler a biografia poética da Sra. Márcia,
percebi que ela demonstrou uma sensibilidade por extrair desse
fato real não tristeza, pelo contrário, foi fazendo sua introdução no mundo
literário de forma suave porém firme e segura de que era esse o seu momento.
Transpôs seus momentos difíceis de maneira
positiva que só poderiam transformá-la em uma escritora.
Parabéns Márcia pela sua escolha profissional.
Estou, ou melhor dizendo, estamos muito agradecidas por dividir conosco sua história de mulher guerreira deste o nascimento, a introdução e sua vitoriosa
confirmação no mundo literário.
Muito merecido!
Até a próxima quarta pessoal!
Ass.: Dona Rita!
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