Ao professor com carinho!

Boa tarde!

Professor não quer ser premiado! Ele quer ser valorizado!

      Mais um ano letivo se inicia e com ele a o retorno às aulas. Os professores irão novamente incorporar às suas tarefas práticas algumas funções que vão além de suas atribuições de educadores. Digo: incorporar porque algumas funções vão além do ato de ensino e aprendizagem. Os professores brasileiros são verdadeiros malabaristas e mágicos em sua função, principalmente nas escolas públicas.

Nesses moldes relatados acima, para ser professor faz-se necessário:

- Tornar-se coreógrafo para abrilhantar as festas da escola;

- Vendedor nas comemorações e festividades do calendário, para arrecadar verbas para as necessidades internas quando necessário;

- Orientador educacional, porque o governo nos pede atualizações em cursos, mas este profissional praticamente é considerado supérfluo nesta nossa área quando se faz necessário na escola;

- Ser médico, enfermeiro, psicólogo frente a toda demanda de casos e situações presentes as realidades inerentes a cada uma das turmas que ele precisa lidar; 

- Ser pai e mãe quando estas funções tornam-se cada vez mais distantes das escolas promovendo a inversão de papéis;

     Não bastasse tudo isto, ele tem que se atualizar, inovar, criar, produzir e por em evidência suas práticas pedagógicas, além de seguir um planejamento de acordo com a série/ano em que ele será o docente. E as despesas destas inovações na maior parte das vezes saem do próprio bolso, ou seja, do salário do professor

    Concluindo: E o professor tem que aceitar as cobranças internas e burocráticas de que precisam buscar se esforçar mais para que os índices de aprovação não sejam abaixo dos índices que os governos (federal, estadual e municipal) desejam alcançar como meta.

   O governo costuma se “lembrar” dos professores apenas em outubro, quanto gasta fortunas com propaganda “elogiando” a missão do educador. Prefere gastar em poucos dias o que não dá em salário há anos. Alguns dias após os elogios, as frases, as propagandas serão apagadas como a luz de velas ao vento, assim como apagarão da memória dos políticos corrigirem a falta de reconhecimento na educação.

    É bom tornar claro que os professores não querem ser premiados, desejam ser valorizados.

   Se ganhando pouco, exercendo várias funções além das práticas pedagógicas eles já buscam fazer o melhor, imagina se estes profissionais estiverem emocionalmente e psicologicamente em dia com suas obrigações pessoais, “financeiras” e sociais. Estes professores terão seu reconhecimento, serão premiados e quem vai ganhar os louros (fama) com esta troca de valores será a sociedade.

Desejo feliz retorno aos colegas de profissão

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 Que o Mestre dos mestres  ajude ao professores a vencer mais um ano letivo.

Torço e espero que 2016 seja o ano do reconhecimento ”real” dos profissionais da educação.

Um abraço, 

Professora Dona Rita.